sábado, 10 de maio de 2008

Nunca me esqueci de ti








“É o riso, é a lágrima
A expressão incontrolada
Não podia ser de outra maneira
É a sorte, é a sina
Uma mão cheia de nada
E o mundo à cabeceira

(…)

Tudo muda, tudo parte
Tudo tem o seu avesso.
Frágil a memória da paixão...
É a lua. Fim da tarde
É a brisa onde adormeço
Quente como a tua mão ”

Rui Veloso


Sinto-me cansada… Cansada no corpo? Cansada na alma? Cansada… apenas cansada!
“Eu nunca me esqueci de ti”, com tudo o que esta letra tem para dizer.
À dias quando te vi, o meu estado ébrio mal me permitiu disfarçar a vontade em mim de me aproximar mais de ti e sentir o teu cheiro, esse sim verdadeiramente inebriante, mal senti-o ao longe. O teu olhar continua a desarmar-me…
Às vezes pergunto-me o que foi que sentiste por mim? Pergunto-me se chegaste mesmo a sentir algo por mim? Às vezes isso já não me interessa… e na maior parte das vezes, nem faz sentido no meu raciocínio lógico. Mas quando vou mais além nos meus pensamentos, pergunto-me o que é que então ainda me prende a ti. Nunca houve nada ao que realmente me pudesse agarrar. És apenas tu. Ou melhor, o que eu julgo pensar de ti, sentir por ti. Sei que não há lugar em ti para mim, ou pelo menos é isso que o meu lado (bastante) racional me diz. Mas então porque isto tudo? Porque deixei tudo para trás, para agarrar-me à incerteza de um sentimento. Porque é que ainda me mexe? Porque é que não há lugar para mais ninguém? Porque sentir ainda um arrepio que me percorre quando te penso?
Ahhh… que canseira!
Uma vez dissestes-me que estavas cansado, não sei o que quiseste dizer com isso, talvez fosse só um desabafo de rotina, mas a minha vontade de te abraçar foi tanta que nem sei como me contive… ainda hoje não sei porque não o fiz… talvez haja em ti qualquer coisa que tanto me atrai como me afasta. Talvez seja só minha rede de segurança… não sei, sinceramente não sei!
Hoje sinto-me contigo...



De Mim, e desta vez, só para Ti!

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