sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Maderensis profundis... :D

Era uma vez…

Tava o vendeiro ao paleio com o vadio do vilhão quando ouviu uma zoada. Era
a água de giro. O buzico do levadeiro que vinha mercar palhetes à venda,
vinha às carreiras e às parafitas com bizalho. Dá-lhe uma cangueira,
trompicou no matulhão do vilhão. Bate cas ventas no lanço e esmegalha a
pucra. O vilão dá-lhe uma reina vai a cima dele para lhe dar uma relampada,
patinha uma poia. Ficou todo sovento. O vendeiro dá-lhe uma rezonda por ele
querer malhar num bizalho dum pequeno. Vem o levadeiro, e, ao ver o vassola,
que anda à gosma e a encher o pandulho à custa dos outros, a ferrar com o
filho, fica variado do miolo e diz-lhe umas.
O vilhão atazanado, atremou mal e pensou que ele lhe tinha chamado de
chibarro, ficou alcançado, deu-lhe uma rabanada e foi embora todo
esfrancelhado. O levadeiro ficou mais que azoigado mas lá foi desatupir a
levada.
O piquene chegou a casa todo sentido, com um mamulhão. A mãe que é uma
rabugenta mas abica-se por ele, ao vê-lo todo ementado, deu-lhe um chá que
era uma água mijoca, pensando que canalha é mesmo assim, mas, como ele não
arribava, antes continuava olheirento, entujado e da chorrica foi curar do
bicho virado e do olhado. O busico arribou e até já anda a saltar poios de
bananeiras na Fajã.

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