segunda-feira, 27 de julho de 2009

Kafka à beira mar


“E não há maneira de escapar à violência da tempestade, a essa tempestade metafísica, simbólica. Não te iludas: por mais metafísica e simbólica que seja, rasgar-te-á a carne como mil navalhas de barba. O sangue de muita gente correrá, e o teu juntamente com ele. Um sangue vermelho, quente. Ficarás com as mãos cheias de sangue, do teu sangue e do sangue dos outros. E quando a tempestade tiver passado, mal te lembrarás de ter conseguido atravessá-la, de ter conseguido sobreviver. Nem sequer terás a certeza de a tormenta ter realmente chegado ao fim. Mas uma coisa é certa. Quando saíres da tempestade já não serás a mesma pessoa. Só assim as tempestades fazem sentido.”


Haruki Murakami, in 'Kafka à Beira-Mar'



Acabei de ler este livro FANTÁSTICO este fim de semana, e só vos tenho a dizer, é VRUUUUUUTAAALLLLL!!!!!!


Se este livro fosse um filme, só podia ser do David Lynch... é completamente marado, mas daquele marado fixe, que nos deixa a matutar nas merdas... no que andamos praqui neste calhau a fazer, em que órbita andamos e nas oportunidades que temos de voltar atrás depois de fazer caca! Às vezes, também nós nos deparamos com 'Pedras de Entrada', basta é saber reconhecê-las!


No fundo, acho que temos todos um pouco de Kafka Tamura... enfim!


p.s. - E perguntam vocês, mas raio de imagem puseste tu aí... o que tem haver o cu com as calças?!?!??!?! Respondo eu: TUUUUDDDOOOO... leiam o livro, e mais não digo! ;)

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