Este ano foi deveras um ano de mudanças na minha vida. Algumas das coisas pelas quais esperei durante algum tempo tornaram-se realidade! E para não variar esta onda, eis que quase no fim, vou dar início a um trabalho em que acredito e que será provavelmente uma das coisas que melhor sei fazer, num lugar onde sempre o quis fazer!
Instituto do Vinho Madeira, é o nome a instituição que me irá acolher nos próximos meses!
Para fazer o quê? Andar no meio da vinha! Melhor ainda?! Vão-me pagar!
Fooonix pá... uma gaja não pode querer mai' nada!
PAGAREM-ME PARA ANDAR NA VINHA.... trabalho venha ele!
"Powerful and provocative" são duas palavras que descrevem bem este filme de Fernando Meirelles, baseado na obra de José Saramago "Ensaio sobre a cegueira". Este filme abriu, e muito bem, o IV Festival Internacional de Cinema do Funchal.
Aconselho-o vivamente!
sábado, 8 de novembro de 2008
Há como que uma luz que me ilumina e aquece... e deixa-me estranhamente confortável e com um sorriso nos lábios... a paz voltou!
Doze anos após a chegada ao Reino, Fernão Mendes Pinto começou a escrever uma obra, onde se misturam elementos autobiográficos, memórias e ficção. Deu-lhe o sugestivo título de Peregrinação. Esta só foi publicada em 1614, trinta anos após a sua morte.
"Não há na literatura portuguesa um tesouro de fantasia comparável a este. Uma selva espessa de aventuras, de acontecimentos, de descrições, de surpresas, de enormidades, um mar em que a vaga sucede à vaga (...)"
António José Saraiva no Prefácio à "Peregrinação" de Fernão Mendes Pinto, edição Sá da Costa, 1961.
Esta obra serviu de inspiração a Fausto no seu álbum Por este rio acima de 1984, e foi através deste o meu primeiro contacto com esta história alucinante!
Há qualquer coisa de exótico e aventureiro que me atrai... Isto, e é claro, a música de Fausto, dão o mote perfeito para este álbum fabuloso.
E pensam voçês: "pfff lá está ela com a panca do Fausto!"
Pá... É verdade... A questão é que ultimamente tenho andado coladíssima nesta música. Até já arranjei uma cópia (de segurança... pá de segurança!) para o carro, e é ver-me curtir esta música pela estrada. Até já a sei (quase) toda de cor... e olhem que não é fácil, meus amigos, não é fácil! Até o próprio Fausto usa uma cábula nos concertos para não haver erros!
Confesso que não foi das que mais me ficou no ouvido inicialmente, quando à já alguns anos peguei neste álbum. É preciso passar por outras 15 maravilhas! Um tesorinho! Cá vai para quem não conhecer e estiver curioso!
"(...) O aperto em que estou, olha o cobre e o ouro Olha o bobo que eu sou, que se escapa o tesouro Que me dá a fraqueza, enriquece bandido A saudade do Tejo, O inventário da presa Meu amor dá-me um beijo Afasta-o do sentido, e lá vou eu desvalido
Quando às vezes ponho diante dos olhos Os trabalhos tremendos, os perigos que passei O Inferno maldito, infinito, que afrontei Vem à boca uma prece, a alma inteira estremece Arde, Grita, Enlouquece, e vem à boca Um amargo de morte arrefece-me o corpo Um grande medo, meu Deus que estala no peito Só o meu coração respira amores perfeitos Que eu nem conto em segredo, que eu risquei do enredo Num latino arremedo que eu nem conto Quando às vezes ponho diante dos olhos (...)"
Fausto, Quando às vezes ponho diante dos olhos, "Por este rio acima"
Estas palavras ultimamente têm-me dito muito...
não será certamente pelas aventuras do Fernão, mas pelas aventuras da Rita! Eu tenho cada uma, que até parecem duas!
"Pois eu não me lamento Se ao fim de tantos tormentos Escapei deles com vida (...) Viva eu entre os mortais Pois não mereci mais Por meus grandes pecado."
"I have a dream that my four little children will one day live in a nation where they will not be judged by the color of their skin but by the content of their character."
Martin Luther King
Bordem a ouro o dia de hoje em vossas memórias!
Ventos de mudança se aproximam... Há qualquer coisa neste homem, que me faz acreditar que as coisas irão mudar, e para melhor!
Um brinde a todos os meus!!! Aos que me fazem rir, sorrir, dançar e cantar... Aos que me fazem chorar, soluçar e gritar... Aos que me fazem sonhar e suspirar... Aos que me dão esperança... Aos que me deixaram apaixonada, colada, paralisada... Aos que me abraçaram e beijaram... Aos que me ouviram, compreenderam e aconselharam... E aos que não... também foram importantes!!! Aos que num momento de amor e volúpia me deram origem... Alguns dizem que saí mais a "ele", mas isso não interessa... eu acho que tenho a força "dela" e o mau feitio "dele"... Aos que partilho os genes... tão sempre lá!!! Aos que bebem por mim e comigo... À mim, aos que gostam de mim... e os restantes que não se f****!!! À SEDE DE VIVER!!!